domingo, 5 de maio de 2013

Para refletir um pouquinho...



Mamãe não trabalha

Era uma vez uma mulher que perdeu seu nome de batismo, ou melhor, trocou-o por outro muito usado: o de Mãe. Sendo mãe, tornou-se uma pessoa essencialmente chata. A maior cobradora da paróquia: “Faça isso, faça aquilo...”. O relógio toca. Começa a batalha.
— Vamos acordar, pessoal! Corre e liga a água para o café. O leite também (quando tem).
— Vamos, crianças, vistam o uniforme. O pai já está no banho.
— Rápido. Tem aula. Côa o café. Serve a mesa.
— Vamos, pessoal. Olha a hora. Comam todo o pão. Escovem os dentes. Pronto. O marido foi para o trabalho; e os filhos, para a escola. Trocou de roupa, tirou a mesa, lavou a louça do café. Arrumou as camas. Varreu a casa. Retirou o pó dos móveis. Chegou o verdureiro. Feitas as compras, corre ao açougue. Aproveita a saída, passa pelo banco e paga as contas de água e luz. Volta correndo. Faz o almoço, olha o relógio. Está na hora de o marido e as crianças chegarem. Chegaram. Serve o almoço.
— Menino, não belisque sua irmã! O pai pede que lave seu macacão. Conta que hoje o trabalho melhorou um pouco, mas é para cuidar das despesas. Breve repouso e volta ao serviço. A mãe lava a louça do almoço. A filha seca os pratos; e o filho, os talheres e se manda para o quintal. O cachorro com os pelos da cauda bem aparados.
— Esse menino! Foi por isso que ele pegou a tesoura...
— Crianças, façam a lição.
— Sim, claro, arranjar figuras para a tarefa de Geografia. Costurar a barra da calça do menino. Pregar botão na blusa da menina.
— Mãe, amanhã é aniversário da professora. Tenho que levar um bolo. Pronto. O bolo está no forno. Enquanto assa, lava o macacão. Passam na panificadora. Voltam para casa.
— Tomem banho! Providencia o jantar.
— Não gosta de ovo? Tem que comer. Faz bem para a saúde. Fiquem quietos. Deixem o pai assistir ao noticiário sossegado. Ele está cansado. Trabalhou o dia todo.
— Vão para o banho! Já arrumaram o material para a aula de amanhã? Mas que turma! Desde que chegamos do dentista, estou dizendo pra irem pro banho.
Todos deitados. Verificação total da casa. Deixa mesa arrumada para o café matinal.
— Ora veja! O menino se esqueceu de guardar um caderno. Abriu-o. Deu uma olhada na lição. Ele preencheu uma página com dados pessoais: nome completo, data e local de nascimento e também dados familiares. Profissão do pai: mecânico. Profissão da mãe: não faz nada, só fica em casa...
Fonte: PRATES, Marilda. Reflexão e Ação – 5ª série. São Paulo: Editora do Brasil, 1984.

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HISTÓRIA DE FOZ DO IGUAÇU

O município de Foz do Iguaçu foi emancipado no dia 10 de junho de 1914 com o nome de Vila Iguaçu. Porém a história da terra das Cataratas começa bem antes disso. Em 1881, Foz do Iguaçu recebeu seus dois primeiros habitantes, o brasileiro Pedro Martins da Silva e o espanhol Manuel Gonzáles. Pouco depois chegaram os irmãos Goycochéa, que começaram a explorar a erva-mate. Oito anos após, foi fundada a colônia Militar na fronteira – marco do início da ocupação efetiva do lugar por brasileiros e do que viria a ser o município de Foz do Iguaçu. A expedição do Engenheiro e Tenente José Joaquim Firmino chegou a Foz do Iguaçu em julho de 1889. Foi feito um levantamento da população e foram identificadas 324 pessoas, em sua maioria paraguaios e argentinos. Mas havia também espanhóis e ingleses, já presentes na região e dedicados à extração da erva-mate e da madeira, exportadas via rio Paraná. Em 22 de novembro do mesmo ano, o Tenente Antonio Batista da Costa Júnior e o Sargento José Maria de Brito fundaram a Colônia Militar, que tinha competência para distribuir terrenos a colonos interessados. No ano de 1897 foi criada a Agência Fiscal, chefiada pelo Capitão Lindolfo Siqueira Bastos. Ele Registrou a existência de apenas 13 casas e alguns ranchos de palha. Nos primeiros anos do século XX a população do lugar, chegou a aproximadamente 2.000 pessoas e o vilarejo dispunha de uma hospedaria, quatro mercearias, um rústico quartel militar, mesa de rendas e estação telegráfica, engenhos de açúcar e cachaça e uma agricultura de subsistência. Em 1914, de fato um municipio – A emancipação da Vila Iguaçu ocorreu em 10 de junho de 1914, tendo como primeiro prefeito Jorge Schimmelpfeng e sendo criada também a primeira Câmara de Vereadores da cidade. O município passou a se chamar Foz do Iguaçu quatro anos depois, em 1918. A história do Parque Nacional do Iguaçu começa no ano de 1916, com a passagem por Foz do Iguaçu de Alberto Santos Dumond, o pai da aviação brasileira. Aquela área pertencia ao uruguaio Jesus Val. Santos Dumont intercedeu junto ao Presidente do Estado do Paraná, Affonso Alves de Camargo, para que fosse desapropriada e tornada patrimônio público. No dia 28 de julho, através do decreto nº 63, foi declarada de utilidade pública com 1008 hectares e somente em 1939, por decreto do Presidente Getúlio Vargas, a área passou a ter 156.235,77 hectares. Com a inauguração da Ponte Internacional da Amizade (Brasil-Paraguai) em 1965 e o término da BR-277, ligando Foz do Iguaçu a Curitiba e ao litoral em 1969, Foz teve seu crescimento acelerado, principalmente aumentando o comércio com a cidade paraguaia de Ciudad del Este. Com o início da construção da usina hidrelétrica de Itaipu, na déca de 1970, toda a região sofreu um impacto muito grande e o contingente populacional aumentou consideravelmente. Passou de 33.970 em 1970 para136.320 em 1980. Ou seja, em apenas dez anos, houve um crescimento registrado de 385% na população. Hoje Foz do Iguaçu conta com uma população estimada em 319.189 habitantes. Foz do Iguaçu é considerada uma das cidades mais multiculturais do Brasil, onde mais de 72 grupos étnicos estão presentes na população, provenientes de diversas partes do mundo. Os principais grupos étnicos de Foz do Iguaçu são italianos, alemães, hispânicos (argentinos e paraguaios), chineses, ucranianos, japoneses, e libaneses, que possuem na cidade, a 2ª maior comunidade libanesa do Brasil. A base de sua economia é o turismo, com os atrativos das Cataratas do Iguaçu, além da usina hidrelétrica de Itaipu, as quais recebem turistas de várias partes do país e do mundo para visitá-las.